Você sabia que o papel do fisioterapeuta na cirurgia plástica é fundamental para um pós-operatório como melhores resultados?
É isso mesmo! Portanto, fique sabendo que o seu cirurgião plástico irá indicar este profissional para acompanhá-la na etapa de recuperação.
Mas, o que faz um fisioterapeuta na cirurgia plástica? Neste texto abordaremos mais sobre o assunto.
Quando um paciente deseja melhorar algum aspecto do corpo por meio de um procedimento cirúrgico, ele precisa entender, também, a importância da fisioterapia na recuperação da cirurgia plástica. Isso se deve ao fato de que, após a cirurgia, é normal que apareçam efeitos colaterais, como a dor, os edemas, as equimoses e outros desconfortos provenientes do procedimento.
Sobretudo, é por meio da fisioterapia pós-cirúrgica que é possível minimizar as queixas e otimizar os resultados da cirurgia plástica, diminuindo o desconforto e os traumas na área operada. Cabe lembrar que a alta satisfação dos pacientes é, hoje, provavelmente, o critério mais importante na avaliação dos resultados dos procedimentos cirúrgicos. Portanto, vem à necessidade de os cirurgiões plásticos conhecerem os detalhes das técnicas fisioterapêuticas, para poder indicá-los como tratamento logo após uma cirurgia.
Podem ser utilizados vários tipos de fisioterapia na recuperação da cirurgia plástica, que vêm demonstrando eficácia e resultados positivos para a reabilitação do paciente. O tratamento pós-cirúrgico pode ser realizado no pós-operatório imediato ou tardio, tendo como objetivo prevenir:
Converse mais com seu cirurgião plástico de confiança sobre estas possibilidades de tratamento. Pois, para cada caso é indicado um tipo de procedimento adequado.
No geral, qualquer cirurgia plástica pode surgir complicações. Por mais que não tenham enfermidades prévias e seja considerada uma cirurgia limpa, não é diferente. Comumente, as complicações mais comuns são: edema, equimose, hematoma, seroma, fibroses e deiscência. Mediante a estas complicações, a Fisioterapia Dermatofuncional ganha espaço e cada vez mais é recomendada no pós-operatório pelos cirurgiões plásticos.
O fisioterapeuta detém de conhecimento em recursos manuais, obtendo melhor percepção nas alterações teciduais, intervindo com técnicas que melhoram a textura da pele, estimulando a eliminação de nódulos fibróticos no tecido subcutâneo, reduzindo do edema, atenuando as aderências teciduais, recuperando as áreas com hipoestesias e, consequentemente, favorecendo a recuperação e o retorno mais rápido do paciente nas suas atividades de vida diárias.
Seguem alguns exemplos de cirurgia plástica que podem ter o auxílio do fisioterapeuta dermatofuncional na recuperação do pós-operatório:
A princípio, tudo dependerá do tratamento que será desenvolvido no pós-operatório. Geralmente, o fisioterapeuta que utiliza como base a terapia manual iniciará o tratamento com 48 horas de pós-operatório.
Contudo, para aqueles pacientes que optaram pelo intraoperatório, os atendimentos pós-operatórios começarão com aproximadamente 07 dias. É importante salientar que iniciar o tratamento no intraoperatório ou 48 horas de pós-operatório objetiva controlar a fase inflamatória e, consequentemente, a fase proliferativa do processo de cicatrização, ou seja, monitorar todo o processo para que o paciente não tenha edema exacerbado e tecido de cicatrização excessivo (fibrose).
Mas, o paciente somente deve iniciar o tratamento mediante indicação e avaliação do cirurgião plástico.
Antecipadamente, a cicatriz cirúrgica é uma preocupação no pós-operatório, devido a situações como hipertrofia, alargamentos e assimetrias. Neste caso, especificamente, a fisioterapia se limita a minimizar, quando possível, a tensão sob o retalho.
Sobretudo, quando há hipertrofia cicatricial, a manipulação excessiva pode agravar o processo, já no caso de uma cicatriz queloideana ainda não foi estabelecido um método fisioterapêutico eficiente, apesar de haverem estudos com ultrassom, laser (que auxilia na normalização da produção de fibras elásticas e de colágeno).
Podemos citar ainda a magnetoterapia, taping ou bandagem elástica, o tens, dentre outros. Enfim a fisioterapia tem um leque de opções quando se fala em tratamento.
Algumas cirurgias plásticas pedem um tratamento complementar, que será de suma importância na recuperação mais rápida do paciente. A drenagem linfática manual é um procedimento recomendado em cirurgias plásticas como:
Este procedimento é essencial no pós-operatório dessas cirurgias, pois ajuda na redução do inchaço causado pelos procedimentos, acelerando a regeneração da área. Outro grande benefício é a diminuição do processo inflamatório. Entretanto, quando o organismo sofre um grande trauma, a tendência é que a área afetada retenha líquido. No caso de uma cirurgia plástica, o sangue, o soro fisiológico e as secreções são substâncias que podem se acumular.
Desde já, a técnica de liberação tecidual funcional é um tratamento simples, indolor, não invasivo e de rápida resposta, que consiste na aplicação de uma pressão suficiente para provocar um rearranjo na estrutura dos tecidos, orientando as fibras de cicatrização e de colágeno, prevenindo ou tratando, dessa forma, as fibroses e aderências.
Primeiramente, a técnica de taping consiste na aplicação de fitas compressivas hipoalergênicas de algodão nas regiões operadas, de forma a mobilizar e orientar o processo cicatricial constantemente e em diferentes direções, modificando a estrutura do colágeno cicatricial. Sobretudo, a técnica age complementando os tratamentos manuais.
Assim técnica, outra técnica utilizada dentro da fisioterapia é a cinesioterapia, que trabalha a parte funcional do corpo, com exercícios e alongamentos, caso haja alguma limitação de movimento, em função da cirurgia.
Esta técnica utiliza a ultrassonografia (ondas sonoras) para exercer um efeito térmico ou atérmico sobre as células e tecidos da área operada. O mecanismo atua de diferentes formas no processo de cicatrização ou reparo de lesões.
Contudo, o efeito atérmico é indicado no pós-cirúrgico imediato, ou seja, na etapa da inflamação, que é uma fase dinâmica de reparo. Seu efeito tem uma importante contribuição na circulação sanguínea da área operada, facilitando a drenagem linfática.
Em conclusão, todos os tratamentos fisioterapêuticos pós-cirúrgicos têm de ser realizada por uma equipe multidisciplinar e capacitada para exercê-los. A partir disso, as técnicas de fisioterapia têm muito a contribuir para o sucesso da cirurgia plástica e o bem-estar dos pacientes.
Gostou de conhecer sobre o papel do fisioterapeuta na cirurgia plástica? Em caso de outras dúvidas, consulte o seu cirurgião plástico.
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Dra. Beatriz Benevides
Cirurgiã Plástica em Belo Horizonte
CRM:22870