LTF (Liberação Tecidual Funcional) é um conceito de tratamento manual específico para fibroses e aderências que respeita os princípios da mecanobiologia e neurofisiologia dos tecidos cicatriciais para prevenir fibroses (pós-operatório imediato) e para tratar fibroses (pós-operatório tardio).
O profissional capacitado para realizar este procedimento é o fisioterapeuta. Neste post iremos esclarecer um pouco sobre as habilidades do fisioterapeuta, além de destacar também a técnica de LTF.
O fisioterapeuta atua em todas as situações onde haja necessidade de prevenir disfunções ou recuperar funções do corpo, avaliando, prescrevendo e executando as técnicas fisioterápicas.
Os principais casos em que o fisioterapeuta tem grande participação na recuperação do paciente são: nas disfunções respiratórias, posturais, ortopédicas, desportivas, neurológicas, reumatológicas, cardíacas e nas alterações da pele e do tecido subcutâneo.
A fisioterapia dermatofuncional pode auxiliar na cirurgia plástica no pré-operatório, ativando a circulação linfática, melhorando a imunidade e prevenindo os edemas, também com auxílio de aparelhos para diminuir a rigidez da gordura e de fibroses. No pós-operatório, a fisioterapia dermatofuncional ativa a circulação sanguínea e linfática, melhorando os hematomas, o edema, auxiliando na cicatrização, prevenindo e tratando as fibroses, aliviando a dor e o desconforto pós-operatório.
Sobretudo, a mobilização precoce dos tecidos em cicatrização previne e trata fibroses e aderências pela estimulação da síntese de proteoglicanos. A tensão mecânica promove a deposição ordenada das fibras de colágeno e lubrifica o tecido conjuntivo.
A intensidade do estiramento deve ser proporcional à resistência que o tecido oferece. Se o tecido está mais aderido, o estiramento é mais intenso, se o tecido ainda não está tão rígido, o estiramento será mais suave. Não se deve utilizar nenhum tipo de veículo para executar as manobras.
Geralmente, sua utilização ideal de forma preventiva é a partir do quinto dia de pós-operatório de duas a três vezes por semana durante a fase de reparo (30 a 40 dias), associada ao não a outros recursos terapêuticos, a depender da avaliação funcional realizada previamente.
Contudo, deve-se empregar a mão espalmada e manter o estiramento por alguns segundos, repetindo-se o movimento. Todas as direções devem ser trabalhadas, respeitando as restrições cicatriciais.
A partir da agressão cirúrgica, se inicia um complexo sistema de respostas defensivas que visam manter o equilíbrio do organismo. Todo o processo tem como objetivo restaurar o tecido que foi lesado. A restauração se inicia com o sangramento causado pela ruptura dos vasos sanguíneos. Plaquetas formam um coágulo inicial, que atrairá células inflamatórias e outras substâncias responsáveis pelo restante do processo de reparo.
O processo continua com a deposição de um novo tecido para preencher os espaços lesados, que chamamos de tecido cicatricial ou fibrose.
Este tecido vai se “espessando” com o tempo, ficando cada vez mais rígido, inelástico, tornando o aspecto da pele irregular e inestético. Sua limitação de maleabilidade provoca consequentemente, dor e limitação. O processo de inflamação e reparo dura em torno de 25 a 40 dias.
As fibroses caracterizam-se pela presença de tecido cicatricial excessivo, com conteúdo rico em colágeno (por isso são tão resistentes). Aparecem devido ao processo de cicatrização, levam frequentemente à formação de contraturas que poderão limitar a função do indivíduo.
A aplicação da Liberação Tecidual Funcional (LTF) nos tecidos em cicatrização é utilizada como forma de prevenção e controle da formação de fibroses, através do profissional de fisioterapia que foi preparado para atuar com esta técnica.
Contudo, para o tratamento efetivo, é preciso respeitar as características do tecido cicatricial.
Sim. Toda fibrose tem tratamento, independente do tempo. É sempre possível resolvê-las através de tratamento correto e com um profissional da área de fisioterapia capacitado.
O uso de tape, talas e cintas também auxilia no processo. Contudo, a compressão correta aumenta a degradação do tecido em excesso (fibroses), aproxima pele e músculo para diminuir o espaço de deposição de fibroses e melhora a absorção do edema (inchaço) e hematomas.
E cuidado! Pois, o tratamento de fibroses com massagens agressivas é contraindicado, porque forma ainda mais tecido cicatricial ao intensificar as lesões.
Os dois tratamentos são bons, mas é preciso uma avaliação presencial do paciente para fazer a indicação correta.
O fisioterapeuta irá avaliar cada paciente, avaliar suas limitações e utilizar o recurso adequado, sem ter que repetir protocolos antigos e ultrapassados.
A Drenagem linfática é eficaz apenas durante um período inicial do pós-operatório. Depois que as fibroses estão instaladas, o tecido fibroso não permite a passagem de líquido entre os tecidos para serem absorvidos pelos linfáticos, e é preciso tratar a fibrose.
O ultrassom deve ser utilizado com extrema cautela e somente com real necessidade, pois ele pode (entre outras coisas) incentivar o aumento da permeabilidade capilar, levando a formação de seromas se for utilizado no momento errado da cicatrização. Ele também tem como efeito fisiológico estimular o fibroblasto (célula que produz colágeno) e isso não é adequado para tratar tecidos com excesso de deposição de colágeno.
É preciso ter sempre em mente que o processo de reparo em cirurgias plásticas é exagerado por si só, sem que haja nenhum tipo de estímulo externo, gerando a formação de fibroses.
O seroma é uma complicação que pode surgir após qualquer cirurgia, sendo caracterizada pelo acúmulo de líquido abaixo da pele, próximo à cicatriz cirúrgica. Este acúmulo de líquido é mais comum após cirurgias em que houve corte e manipulação da pele e do tecido gorduroso, como após cirurgias plásticas, abdominoplastia, lipoaspiração, cirurgias da mama ou após a cesárea, por exemplo, sendo resultado da inflamação no causada pelo procedimento e reações de defesa do corpo.
Concluindo, a Dra Mariana é a pessoa responsável em capacitar fisioterapeutas nos Cursos de LTF.
A aplicação adequada de LTF não dói, não exige tratamentos complementares e os resultados são imediatos. Portanto, é importante procurar por profissionais sérios e que dominam a técnica para evitar problemas.
Aqui na Clínica Beneessere a fisioterapeuta Debora Mota é credenciada na técnica LTF e continua se aperfeiçoando em cursos para melhor atender nossos pacientes.
Fonte: http://www.marianealtomare.com/fisioterapia-em-cirurgia-plastica-e-cicatrizes/
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Dra. Beatriz Benevides
Cirurgiã Plástica em Belo Horizonte
CRM:22870